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Valor Investe

August 2021

Capital de risco cresceu 300% no 2º trimestre, puxado por fintechs, diz KPMG

Volume de venture capital chegou a US$ 2,7 bilhões entre abril e junho, contra US$ 576 milhões no mesmo período de 2020; só o Nubank recebeu US$ 1,5 bilhão

O volume de venture capital (capital de risco) aplicado em empresas no Brasil no segundo trimestre cresceu 300% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo o relatório “Venture Pulse”, da consultoria KPMG, as movimentações saltaram de US$ 576 milhões (R$ 3 bilhões) em 2020 para US$ 2,7 bilhões (R$ 14,53 bilhões) neste ano, um recorde para o trimestre.

O maior vetor desse aumento, segundo a KPMG, foram as startups do setor financeiro, as fintechsSomente o Nubank recebeu mais de US$ 1,5 bilhão, de acordo com a consultoria, incluindo um investimento de US$ 500 milhões da Berkshire Hathaway, companhia do megainvestidor americano Warren Buffett.

O relatório destaca ainda o QuintoAndar, startup de negócios imobiliários que recebeu US$ 300 milhões, e a CloudWalk, empresa de pagamentos que opera com a maquininha InfinitePay, que recebeu quase US$ 200 milhões.

No período, também houve outros aportes, como o do SoftBank na exchange de criptomoedas Mercado Bitcoin, no valor de US$ 200 milhões, que criou o primeiro unicórnio cripto do Brasil.

“O ecossistema das startups brasileiras continua a se expandir e a se diversificar, atraindo interesse do investidor estrangeiro. As fintechs, particularmente as que atuam com pagamentos, continuam a crescer em escala. Esse movimento manterá o cenário forte no terceiro trimestre”, analisa o sócio-líder de Private Enterprise da KPMG no Brasil e na América do Sul, Jubran Coelho.

Até o fim de julho, o volume de venture capital investido em empresas no país cresceu 91% na comparação com 2020. Foram 334 transações, movimentando R$ 30,6 bilhões.

Incluindo fusões e aquisições, o mercado brasileiro registrou 1.169 transações – 50% mais que no mesmo período de 2020 – que movimentaram R$ 285,5 bilhões.

Os dados são de outro relatório, o boletim mensal da consultoria Transactional Track Record (TTR), sediada em Madri, na Espanha.

Apenas em julho, segundo a TTR, foram 194 fusões e aquisições a um valor somado de R$ 24,4 bilhões.

setor de tecnologia segue o mais ativo do ano, com 449 transações, 87% mais que no mesmo período de 2020seguindo pelo segmento de Finanças e Seguros, com 218 transações.

Saldo global também cresceu

O investimento global em capital de risco também atingiu novo recorde no segundo trimestre, com US$ 157,1 bilhões (R$ 845,27 bilhões), levantados em 7.687 negócios.

Esse patamar foi impulsionado por dez rodadas de financiamento acima de US$ 1 bilhão em oito países, incluindo o Brasil:

  • Northvolt, na Suécia: US$ 2,75 bilhões;
  • Waymo, nos Estados Unidos: US$ 2,5 bilhões;
  • J&T Express, na Indonésia: US$ 2 bilhões;
  • BYJU, na Índia: US$ 1,5 bilhões;
  • Nubank, no Brasil: US$ 1,5 bilhão;
  • Horizon Robotics, na China: US$ 1,5 bilhão;
  • SpaceX, nos Estados Unidos: US$ 1,16 bilhão;
  • Celonis, na Alemanha, MessageBird, na Holanda, e Epic Games, nos EUA, também levantaram US$ 1 bilhão cada uma.

Geograficamente, as Américas atraíram um recorde de US$ 84,1 bilhões em venture capital no segundo trimestre, com os EUA respondendo por US$ 75,8 bilhões.

Na Europa, o total de capital de risco chegou a US$ 34 bilhões e cresceu pelo sexto trimestre consecutivo. Já na Ásia-Pacífico, o saldo caiu em relação ao trimestre anterior, para US$ 38 bilhões.


Source: Valor Investe - Brazil 


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