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Oje

April 2014

Investimento estrangeiro cai 50% no primeiro trimestre

O número de operações de fusões e aquisições por parte de estrangeiros manteve-se em março, relativamente ao período homólogo do ano passado, mas o valor de investimento caiu para 1,77 mil milhões de euros.

O número de fusões e aquisições, registado durante os três primeiros meses do ano no mercado transacional português foi muito similar ao contabilizado no período homólogo do ano passado. Mas, segundo o último relatório divulgado pela Transactional Track Record (TTR), o volume de investimento revelou uma tendência irregular ao longo deste trimestre, alcançando neste período um valor de 1,778 mil milhões de euros, o que representa um diminuição de mais de 50% face aos 3,805 mil milhões de capital mobilizado no mesmo trimestre de 2013.

Quanto ao investimento de Portugal no estrangeiro, Duarte Schmidt Lino, sócio da sociedade de advogados PLMJ, entrevistado pelos coordenadores do relatório da TTR, crê que "as gestoras de capital risco portuguesas se centrarão no exterior. É evidente que a direção desses investimentos será África, porque é um continente onde os portugueses, por diversas razões históricas e culturais, sabem fazer negócios com êxito e onde têm uma vantagem face a gestores de outras origens com maior capacidade de investimento".

No que respeita a setores, o tecnológico foi um dos claros protagonistas, cuja atividade trimestral quase alcança o número total registado em 2013 de nove transações. Segundo o relatório, o setor tecnológico absorveu algumas das operações mais relevantes deste primeiro trimestre, entre as quais se encontram vários investimentos da Portugal Ventures em startups tecnológicas, a fusão entre a portuguesa Sensys Solutions e a moçambicana Power - Sistemas de Energia, e a aquisição da Echiron por parte da empresa de desenvolvimento de software Claranet Portugal.

Estre trimestre caracterizou-se ainda pela chegada ao mercado português de fusões e aquisições de investidores que habitualmente não protagonizam tantas operações, como é o caso da China, do Japão, Luxemburgo, África do Sul e dos EUA. Entre os investimentos crossborder, destaca-se a conclusão da aquisição de 80% da Caixa Seguros por parte da chinesa Fosun e a compra pelas companhias Marubeni Corporation e INCJ da portuguesa AGS.

Por seu turno, o número de transações realizadas por firmas de venture capital em Portugal neste primeiro trimestre de 2014 revela um período muito dinâmico, em que a Portugal Ventures assumiu o protagonismo com sete investimentos dos oito totais. A Portugal Ventures participou  nas operações de compra de empresas como a Auditmark, Girrissima.com, iM3DICAL e a MyChild. No conjunto dos negócios, apenas um apresenta valores, com a compra da britânica Seedrs por parte da Faber Ventures com alguns accionistas particulares no valor de 3 milhões de euros.

No universo de mercado de capitais, registou-se "igualmente uma atividade interessante, demonstrativa da vitalidade desta área, graças à saída à bolsa da Espírito Santo Saúde", concluída em fevereiro, por 166,2 milhões de euros, refere o relatório da TTR.

Cinco negócios de Private Equity

Durante os primeiros três meses do ano, de acordo com a TTR, houve cinco negócios de private equity, num valor conhecido de 150 milhões de euros. Esse valor corresponde apenas à operação entre a Springwater e o EBN Banco e o BES para a compra da Aernnova. Os restantes quatro negócios não apresentam valores, sendo que três desses negócios foram realizados com acionistas particulares: O Espaço Casa foi comprado pela Explorer III (Explorer Investments); a Setrova pela Mecwide (Inter-Risco Private Equity) e o Grupo Piedade pelo Fundo de Reestruturação Empresarial (Oxy Capital). A outra operação envolveu a compra da brasileira Prime Yield pela Tinsa (Advent International) e vendida pela OGER.



Oje - http://www.oje.pt/pt/investimento-estrangeiro-cai-50-no-primeiro-trimestre


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