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marzo 2022

Coluna do Braodcast: Brasil vira destaque em aquisições e atrai estrangeiras atrás de comprador

São Paulo, 23/03/2022 - Com o mercado de fusões e aquisições muito aquecido por aqui, com expectativa de mais de 2 mil negócios este ano, empresários no exterior estão colocando o Brasil no radar como potencial comprador para seus negócios, em nichos específicos, como licenciamento, call center, alimentos, prestação de serviços em telecom e energia elétrica. Este movimento foi percebido pela Fortezza Partners, uma butique independente focada em fusões e aquisições de médio porte, que se juntou recentemente à Oaklins, uma associação internacional de M&A, como são chamadas essas operações em inglês, presente em 45 países.

Inverso. O sócio e fundador da Fortezza, Denis Morante, ex-Credit Suisse Hedging-Griffo, conta que são no geral empresas gringas de médio porte, que pedem ajuda lá fora para achar comprador no Brasil. No passado, grandes companhias, como AmBev, Gerdau, Marfrig, JBS foram às compras no exterior. Agora, os próprios estrangeiros passaram a sondar a possibilidade de achar um comprador aqui, por mais que a gente se considere relegado. Pode parecer um pouco estranho, mas é uma realidade, conta ele.

Pelo mundo. Em janeiro e fevereiro, empresários brasileiros fizeram seis transações nos Estados Unidos e mais duas na Argentina e duas na Colômbia, segundo dados da consultoria internacional Transactional Track Record (TTR). Em 2021, foram 58 negócios no mercado americano, seguido pela Argentina com 17 operações e México com 16.

Duas mãos. Também tem havido mais procura de estrangeiros para comprar ativos no Brasil, afirma Morante. Nesse ambiente, a guerra na Ucrânia, que afetou pesado as ofertas de ações no Brasil e no mundo, passa longe de ser sentido, por enquanto, no mercado de fusões e aquisições. Os negócios continuam a acontecer no exterior e no Brasil, onde podem crescer de 10% a 20% com mais de 2 mil negócios no ano, prevê a Fortezza.

Quem fez. Em 2022, os EUA, com 44 negócios, e Reino Unido, com oito operações, são os estrangeiros que mais fizeram investimentos aqui, segundo a TTR. As aquisições estrangeiras nos setores de Tecnologia e Internet aumentaram em 65% no primeiro bimestre, segundo a consultoria.

Em alta. O crescimento esperado para 2022 no Brasil deve ser, de toda a forma, menor do que o do ano passado, marcado por recordes de operações, com expansão de 50% a 80% dependendo do banco de dados. Mas o executivo avalia que o patamar que o Brasil vai alcançar este ano, com mais de 2 mil negócios não irá retroceder, apesar da guerra e das eleições presidenciais. O número é um salto em relação a média dos anos 90 (300/400 negócios por ano), que subiu para a casa dos 600 com o avanço dos anos 2000 e chegou a 1 mil em 2019. No ano passado, foram 1960.

Setores. Saúde, tecnologia, educação, supermercados e negócios dos fundos de venture capital, que compram participação em empresas menores, vão garantir um mercado aquecido. Apesar do crescimento das fusões e aquisições, Morante não vê um mercado ainda amadurecido, porque os próprios aportes dos fundos de venture capital devem levar a criação de empresas maiores que por sua vez vão comprar outras empresas, consolidando seus setores.


Source: Broadcast - Brasil 


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