O mercado transacional português contabilizou, no primeiro trimestre de 2023, 109 transações e movimentou 2,5 mil milhões de euros, sendo que menos de metade dos negócios (45%) teve os seus valores revelados ao mercado, de acordo com o relatório mais recente elaborado pela plataforma tecnológico-financeira Transactional Track Record (TTR Data).

O número de transações registou assim uma diminuição de 14%, em comparação com o mesmo período de 2022, embora tivesse havido um aumento homólogo de 68% na quantidade de capital mobilizado em operações de M&A (Mergers & Acquisitions) no país, entre anunciadas e concluídas.

O negócio destacado pela TTR no trimestre passado foi a conclusão da compra de um portefólio de 50 supermercados da alemã Trei Real Estate, do grupo Tengelmann, pelos norte-americanos da LCN Capital Partners, num valor total de 150 milhões de euros. A operação contou com a assessoria jurídica das sociedades de advogados Morais Leitão e PLMJ, bem como a assessoria financeira da CBRE Portugal e da consultora KPMG Portugal na parte da due diligence.

Aliás, o ranking de escritórios em 2023 é neste momento liderado pela Morais Leitão (número) e PLMJ (valor), com sete deals e 850 milhões de euros, respetivamente. Na tabela dos assessores financeiros, encabeça a Bluecrow (número) e o BTG Pactual e o Morgan Stanley (valor), com duas operações e mil milhões de euros, pela mesma ordem.

Em termos de geografias, Espanha e França foram os países que mais investiram em Portugal no início ano, contabilizando 13 e seis operações, respetivamente. Já os portugueses escolheram também Espanha (três) e Brasil (quatro). Por outro lado, as empresas norte-americanas contraíram em 60% as suas aquisições no mercado português.

Em relação às indústrias, o sector do imobiliário foi o mais ativo entre janeiro e março, com 21 transações, tendo os serviços de suporte aos negócios ficado na segunda posição, com 18 operações de M&A.

Source: O Jornal Económico - Portugal