Os primeiros onze meses do ano não foram animadores para as fusões e aquisições em Portugal, que contraíram quer em número quer em montante movimentado. Os negócios a envolver empresas nacionais caíram 23% para 409, em comparação com o mesmo período do ano passado, e o valor dos mesmos recuou 38% para 11,3 mil milhões de euros. Ainda assim, só cerca de metade das operações (46%) tiveram os seus valores revelados.

A conclusão é do mais recente relatório da Transactional Track Record (TTR), elaborado em colaboração com a Intralinks e divulgado esta segunda-feira. Segundo as estatísticas, em termos sectoriais, foi o imobiliário que se manteve como o mais ativo entre janeiro e novembro de 2022, com 87 transações. Segue-se o segmento de Internet, software e serviços de Tecnologias da Informação, com 64 operações.

“No âmbito cross-border [além-fronteiras], quanto à número de transações, Espanha foi o país que mais investiu em Portugal no período, contabilizando 46 transações. Em segundo lugar está França com 29 operações”, revela o diretório internacional TTR, em comunicado enviado aos meios de comunicação especializados.

Ou seja, os franceses recuperaram o trono que havia sido retirado pelos britânicos durante o verão. Por sua vez, “as empresas portuguesas escolheram Espanha e Alemanha como principal destino de investimento, com 19 e oito transações, respetivamente”, de acordo com a mesma fonte de informação.

A TTR revela ainda que as empresas norte-americanas diminuíram em 42% as suas aquisições no mercado português entre janeiro e agosto de 2022 e que as compras estrangeiras no sector tecnológico também contraíram 7% em comparação ao mesmo período de 2021.

Source: O Jornal Económico - Portugal